04/05/2025 às 21h27
Vitoria Inacia
Macapa / AP
Na madrugada do dia 4 de maio de 2025, um episódio de extrema gravidade sacudiu a tranquilidade da capital amapaense. Uma intervenção realizada por agentes da Companhia Independente de Patrulhamento Tático Motorizado da Polícia Militar do Amapá culminou no extermínio de sete jovens, todos ocupantes de um veículo de cor branca, nas imediações da Via Expressa Aníbal Barcellos, nas proximidades da ponte sobre o Canal do Jandiá, no Bairro Pantanal, zona norte de Macapá.
Informações iniciais dão conta de que os jovens foram alvejados e vieram a óbito ainda no interior do automóvel. A cena dantesca, permeada por perplexidade e dor, foi periciada a pedido do delegado plantonista do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do bairro Pacoval, Dr. Eduardo Ribeiro. Até o fim da manhã do mesmo dia, não havia posicionamento oficial por parte do Comando da PM, sendo os fatos apresentados formalmente à Polícia Civil.
Relatos compartilhados nas redes sociais, por indivíduos que se identificam como parentes das vítimas, colocam sob questionamento a legitimidade da abordagem policial. Em um dos áudios, um homem — que afirma ser irmão de dois dos falecidos — denuncia que entre os mortos havia um adolescente de apenas 14 anos, bem como um jovem que recentemente havia ingressado nas fileiras do serviço militar obrigatório. As vítimas, conforme esses relatos, teriam acabado de participar de uma partida de futebol e seguido para um lanche na Praça Chico Noé, antes de serem surpreendidas pela ação policial.
As imagens do automóvel alvejado são estarrecedoras: a lataria e os vidros do veículo ostentam dezenas de perfurações, o que evidencia o grau de letalidade empregado na abordagem. O episódio provocou profunda comoção entre os moradores da região e desencadeou uma mobilização social em busca de justiça, transparência e responsabilização.
A comunidade local, ainda em choque, exige a elucidação rigorosa dos fatos, enquanto as famílias das vítimas imergem em luto e indignação diante da perda abrupta e violenta de seus entes queridos. As autoridades competentes seguem em diligência investigativa, tentando reconstruir a narrativa dos acontecimentos e verificar a compatibilidade das ações policiais com os protocolos legais e os direitos fundamentais dos cidadãos.
Este lamentável acontecimento reacende discussões cruciais sobre o uso da força policial, o rigor das abordagens e a urgente necessidade de fiscalização e humanização das práticas de segurança pública.
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