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Polícia

02/07/2025 às 18h56 - atualizada em 08/07/2025 às 21h15

Vitoria Inacia

Macapa / AP

Delegado Vladson de Souza do Nascimento é indiciado por abuso de autoridade, tráfico e porte ilegal de arma
Investigação aponta que delegado supostamente plantou drogas em carro de assessor parlamentar durante falsa blitz em 2024

A Polícia Civil do Amapá indiciou em 12 de junho o delegado Vladson de Souza do Nascimento por dois crimes de abuso de autoridade, dois crimes de tráfico de drogas e pelo porte ilegal de arma de fogo, denúncias que envolvem o uso indevido da estrutura policial para fins ilícitos.


As investigações apontam que, em outubro de 2024, Vladson teria montado uma falsa barreira policial em uma rodovia estadual – durante a denominada “Operação Protetor” –, momento em que plantou drogas e uma arma no veículo de Amadeu Moraes Júnior, assessor parlamentar ligado ao deputado Hildegard Gurgel (União)   .


Na ocasião, o assessor e uma mulher foram detidos e encaminhados ao Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) de Santana. Posteriormente, foi instaurado processo pela Corregedoria da Polícia Civil, que identificou indícios de vingança pessoal contra o assessor, motivada por questões sentimentais envolvendo Vladson e sua ex-companheira  .


Em dezembro de 2024, o delegado foi afastado de suas funções e, em fevereiro de 2025, exonerado do cargo de titular da Delegacia de Pracuúba – município a cerca de 256 km de Macapá   . Em março, o Conselho Superior da Polícia Civil solicitou sua prisão preventiva, alegando uso ilegal das estruturas policiais para forjar flagrantes  .


A defesa, representada pelo escritório Gabriel Oliveira Advocacia, contesta as acusações, afirmando haver “fragilidades” no inquérito e alegando pressão política, além de ressaltar que Vladson possui histórico de combate ao crime em diversas regiões do país  .


O indiciamento formal pelo Ministério Público reforça a gravidade das acusações — abuso de autoridade, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo — e adiciona uma nova etapa ao processo, que pode resultar em ação penal contra o ex-delegado. A Polícia Civil reforça que o caso continuará sendo apurado para responsabilizar judicialmente todos os envolvidos.

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