18/08/2025 às 19h33
Vitoria Inacia
Macapa / AP
Um episódio de forte tensão marcou a agenda pública do prefeito de Macapá, Dr. Antônio Furlan (MDB), na tarde deste domingo (17), durante uma visita técnica às obras do Hospital Municipal, localizado na zona norte da capital amapaense. Durante o evento, o gestor municipal foi flagrado por câmeras de celular agarrando o pescoço de um integrante de uma equipe de reportagem, fato que culminou com a detenção dos jornalistas por agentes da Guarda Civil Municipal.
Segundo nota divulgada pela Prefeitura de Macapá, o incidente teria sido motivado por agressões físicas praticadas contra duas servidoras municipais, atribuídas ao jornalista Heverson Castro e a seus colegas de equipe. Entretanto, os profissionais de imprensa contestam veementemente a versão oficial, alegando terem sido, na verdade, vítimas de violência por parte do prefeito e seus assessores.
A confusão teve início após um questionamento feito por Heverson Castro a Furlan, acerca da duração das obras hospitalares. O clima, até então institucional, transformou-se em tumulto. Vídeos amplamente compartilhados nas redes sociais registraram o momento exato do embate verbal que antecedeu o contato físico entre o prefeito e os jornalistas. As imagens desmentem a alegação de que o chefe do Executivo teria sido agredido.
Heverson Castro e o também jornalista Iran Fróes foram conduzidos à Delegacia Especializada de Crimes Contra a Mulher (DECCM), onde permaneceram encarcerados por mais de seis horas. A liberação da dupla ocorreu ainda na noite de domingo, após a perícia realizada pela Polícia Científica não identificar vestígios de agressão física na servidora que havia registrado queixa de lesão corporal.
A situação ganhou ampla visibilidade na imprensa nacional, com portais e veículos jornalísticos destacando não apenas a gravidade do ocorrido, como também o impacto institucional e político do episódio. O caso reacendeu discussões sobre os limites da atuação da autoridade pública frente à liberdade de imprensa, e provocou reações contundentes de entidades ligadas ao jornalismo e aos direitos humanos.
A repercussão do caso ultrapassou os limites regionais, evidenciando uma crise na relação entre poder político e veículos de comunicação no Brasil, e colocando sob escrutínio a postura de representantes eleitos diante da crítica e do questionamento público.
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