18/08/2025 às 19h20
Vitoria Inacia
Macapa / AP
A Polícia Civil do Estado de Goiás efetuou, no último sábado (16), a prisão de José Edno Alves de Oliveira, conhecido no meio criminoso como “Marujo”, em Samambaia, no Distrito Federal. Ele é apontado como o principal mandante da chacina que vitimou oito pessoas em um garimpo situado na região fronteiriça entre os estados do Amapá e Pará.
O episódio, ocorrido no dia 3 de agosto no município paraense de Almeirim — vizinho a Laranjal do Jari, no sul do Amapá — ganhou grande repercussão nacional pela brutalidade e pelo modus operandi dos executores. Os corpos das vítimas começaram a surgir no rio apenas três dias após a execução.
As investigações conduzidas pela Polícia Civil do Amapá revelaram o envolvimento de cinco policiais militares, um guarda civil e um garimpeiro na ação criminosa. Em meio às denúncias veiculadas nas redes sociais no dia 9 de agosto, que apontavam José Edno como envolvido na chacina, a defesa do suspeito emitiu uma nota pública negando qualquer participação nos crimes e alegando que as acusações atentavam contra sua honra e perturbavam a tranquilidade de sua família.
A operação que culminou na prisão de Edno foi articulada por diversas unidades especializadas da Polícia Civil goiana, incluindo o Grupo Antissequestro, o Grupo Especial de Investigação Criminal de Luziânia, a Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios e a Central de Flagrantes. O trabalho contou ainda com suporte estratégico do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), vinculado à Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), órgão do Ministério da Justiça.
O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, salientou a relevância da cooperação entre as esferas federal e estadual no enfrentamento ao crime organizado. Nessa mesma linha, o diretor da Diopi, Rodney da Silva, afirmou que a captura de Edno evidencia a efetividade da articulação entre os órgãos de inteligência e as forças policiais.
Considerado um indivíduo de alta periculosidade, o acusado permanecerá sob custódia à disposição da Justiça, conforme deliberação judicial. O delegado-geral da Polícia Civil, César Vieira, adiantou que a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) solicitará o recambiamento do detido para o Estado do Amapá, onde deverá responder pelas acusações que pesam contra ele.
Segundo apontam as investigações, o grupo de vítimas pretendia adquirir terras na região com vistas à exploração de ouro, mas foi supostamente confundido com criminosos envolvidos em assaltos na área de garimpo, o que teria motivado a execução sumária.
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