23/05/2025 às 07h51
Vitoria Inacia
Macapa / AP
O Governo do Estado do Amapá declarou, na última terça-feira (20), estado de emergência na saúde pública em virtude do expressivo aumento de casos de síndromes respiratórias. A medida extrema foi motivada pela lotação total dos leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) e do Pronto Atendimento Infantil (PAI), que operam no limite de sua capacidade.
Segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), apenas na semana anterior ao decreto, houve um acréscimo de 25% nas internações. Desde o início de abril até a data da publicação do decreto, o PAI atendeu 1.215 crianças acometidas por síndrome gripal e registrou 257 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Diante do cenário alarmante, o governo anunciou um conjunto de medidas emergenciais, entre as quais destacam-se:
Ampliação do número de leitos disponíveis;
Reestruturação do fluxo de atendimento hospitalar;
Adaptação de salas vermelhas, destinadas ao suporte avançado à vida, funcionando como unidades semi-intensivas;
Implementação de salas brancas, ambientes com controle rigoroso de contaminação, voltadas à proteção imunológica dos pacientes mais vulneráveis.
A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) reforçou que o estado encontra-se em nível de alerta devido ao surto de SRAG, impulsionado principalmente pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) — patógeno responsável por quadros como a bronquiolite, que compromete severamente a oxigenação pulmonar. Também foram identificados casos de Influenza A e B, além de Covid-19.
“A elevação dos casos já era parcialmente esperada, dada a sazonalidade típica do inverno amazônico. Contudo, os atendimentos têm superado as previsões em nossa rede hospitalar. O governador manifestou total empenho em adotar providências enérgicas para assegurar a assistência à saúde, porém é imprescindível que a população colabore, adotando medidas preventivas,” declarou a secretária de Saúde do Amapá, Nair Mota.
O Hospital da Mulher Mãe Luzia também apresentou um quadro preocupante. Entre janeiro e a quarta-feira (21), a maternidade notificou 51 casos de síndromes respiratórias em neonatos com até 28 dias de vida. Desses, 14 necessitaram de cuidados intensivos na UTI Neonatal e quatro chegaram a ser entubados. Em sua maioria, os recém-nascidos haviam recebido alta hospitalar e contraíram os vírus no ambiente domiciliar.
No Hospital Estadual de Santana, o panorama não é menos grave: entre abril e o dia 20, foram contabilizados 3.044 atendimentos de pacientes com sintomas compatíveis com síndromes respiratórias.
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