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09/07/2025 às 14h19

Vitoria Inacia

Macapa / AP

Golpe do falso intermediário: Polícia Civil do Amapá indicia 12 pessoas por estelionato virtual e lavagem de dinheiro
Investigação aponta grupo criminoso interestadual responsável por prejuízo de R$ 55 mil a vítima de Macapá; Justiça bloqueia bens que somam mais de R$ 688 mil

 


A Polícia Civil do Estado do Amapá, por meio da Delegacia Especializada de Repressão a Fraude Eletrônica (DRFE), concluiu o inquérito policial que resultou no indiciamento de 12 indivíduos, oriundos dos estados de São Paulo e Mato Grosso, sob a acusação de integrarem uma organização criminosa especializada em fraudes virtuais, especificamente no chamado “golpe do falso intermediário”.


Segundo as autoridades, o grupo teria causado um prejuízo de R$ 55.000,00 a um morador da cidade de Macapá-AP, vítima da atuação articulada dos criminosos em plataformas digitais.


O golpe teve início quando a vítima, em busca de oportunidades de negócio no Marketplace do Facebook, encontrou um anúncio de venda de um caminhão Mercedes-Benz modelo 1620, ofertado por R$ 100.000,00. Após entrar em contato com o suposto anunciante, foi informado de que o veículo se encontrava com um terceiro, pois o vendedor alegava estar fora da cidade. O local da vistoria foi então indicado.


A vítima compareceu ao endereço, inspecionou o veículo e demonstrou interesse na compra. Como forma de pagamento, ofertou um terreno e efetuou uma transferência bancária no valor de R$ 55.000,00 para a conta indicada pelo anunciante. No entanto, logo após a finalização da transação, as mensagens trocadas via WhatsApp foram apagadas, e ficou evidente que os valores não foram repassados ao legítimo proprietário do caminhão. Foi nesse momento que tanto a vítima quanto a pessoa que apresentava o veículo perceberam que haviam sido enganadas.


Com o avanço das investigações, os agentes da DRFE descobriram uma rede criminosa articulada, que operava com pessoas aliciadas para ceder contas bancárias — vulgarmente conhecidas como “contas de aluguel” — com o intuito de dificultar o rastreamento do dinheiro e ocultar os verdadeiros beneficiários. Todo o valor subtraído foi rapidamente pulverizado entre diversas contas, caracterizando uma sofisticada operação de lavagem de dinheiro.


Como desdobramento do trabalho policial, foi possível identificar todos os envolvidos e efetuar o bloqueio patrimonial de valores e bens que ultrapassam R$ 688.000,00, medida essencial para resguardar o ressarcimento da vítima e futuras sanções judiciais.


Os indiciados agora respondem a processo criminal e podem ser condenados a penas que somam até 26 anos de reclusão, além do pagamento de multas previstas na legislação penal.

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