13/03/2025 às 19h11
Vitoria Inacia
Macapa / AP
Em um movimento que sacudiu o cenário político nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, de forma retroativa, modificar as diretrizes para a distribuição das chamadas "sobras eleitorais". Com essa deliberação, sete deputados federais eleitos em 2022 perderão seus mandatos, abrindo caminho para que novos parlamentares assumam suas cadeiras na Câmara dos Deputados.
A mudança foi provocada por um pedido do Partido Socialista Brasileiro (PSB), que questionou a constitucionalidade de um dispositivo do Código Eleitoral. O STF, ao reconhecer a inconstitucionalidade da regra, determinou sua aplicação imediata, impactando diretamente o resultado das eleições passadas.
A decisão do STF e seus impactos
O cerne da alteração recai sobre a forma como as sobras eleitorais – vagas não preenchidas diretamente pelo quociente eleitoral – são distribuídas. Antes da decisão, apenas partidos que atingissem ao menos 80% desse quociente podiam disputar essas cadeiras, e os candidatos precisavam obter pelo menos 20% da votação necessária para conquistar uma vaga.
No entanto, o STF considerou essa norma restritiva e prejudicial a partidos menores, declarando sua inconstitucionalidade. Inicialmente, a Corte havia estipulado que a mudança teria efeito apenas a partir das eleições municipais de 2024, mas, em um novo entendimento, determinou sua aplicação imediata, remodelando a composição da Câmara dos Deputados.
A decisão obriga a Justiça Eleitoral a refazer a contagem de votos e redistribuir os mandatos, alterando a representatividade de algumas bancadas estaduais e partidárias.
Quem perde e quem assume os mandatos
Com a reinterpretação da regra eleitoral, sete deputados perdem suas cadeiras, sendo substituídos por parlamentares que, sob a nova distribuição das sobras, passam a ter direito às vagas.
Deputados que perdem o mandato:
Professora Goreth (PDT-AP)
Silvia Waiãpi (PL-AP)
Sonize Barbosa (PL-AP)
Dr. Pupio (MDB-AP)
Gilvan Máximo (Republicanos-DF)
Lebrão (União Brasil-RO)
Lázaro Botelho (Progressistas-TO)
Deputados que assumem os mandatos:
Professora Marcivânia (PCdoB-AP)
Paulo Lemos (PSOL-AP)
André Abdon (Progressistas-AP)
Aline Gurgel (Republicanos-AP)
Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)
Rafael Bento (Podemos-RO)
Tiago Dimas (Podemos-TO)
A recomposição das cadeiras impacta a distribuição de forças dentro da Câmara, beneficiando legendas como PSB e PSOL, enquanto partidos como PL e União Brasil veem sua representatividade reduzida.
Reações e possíveis desdobramentos
A decisão do STF provocou intensas reações no meio político. Parlamentares que perderam seus mandatos já avaliam recorrer a outras instâncias para tentar reverter a medida, alegando insegurança jurídica e instabilidade no processo eleitoral.
Além disso, o impacto da decisão deve se estender para além da atual legislatura, influenciando as estratégias partidárias para as eleições municipais de 2024 e para o pleito geral de 2026.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ainda precisam ser notificados oficialmente para que as mudanças sejam implementadas. Enquanto isso, a decisão reforça o protagonismo do STF na definição do processo eleitoral e reac
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