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28/04/2025 às 16h19

Gian Mira Pantoja

Macapa / AP

Governador Clécio Luís adia consultas públicas sobre criação de reservas marinhas na Costa do Amapá
Governo do Amapá não se opõe à criação de áreas de protegidas, mas defende que qualquer debate sobre o território ocorra com respeito às comunidades locais.
Governador Clécio Luís adia consultas públicas sobre criação de reservas marinhas na Costa do Amapá
Região da Costa do Amapá, já em águas oceânicas

No último fim de semana, após diálogo com o governador Clécio Luís, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) informou o adiamento das consultas públicas sobre a criação de reservas marinhas na Costa do Amapá. Em comunicado ao Governo do Estado, o presidente do Instituto, Mauro Oliveira Pires, confirmou a medida.



“O governador Clécio me ligou alertando para a elevada probabilidade de tumultos durante as consultas, o que comprometeria nosso principal objetivo: esclarecer os participantes sobre as propostas, apresentar os benefícios previstos, destacar a atração de investimentos para a região e reforçar a importância dessas áreas para a proteção do modo de vida das comunidades tradicionais, pescadores artesanais, indígenas e da população local."


O Estado do Amapá reconhece a importância da conservação ambiental e valoriza as reservas extrativistas como instrumentos essenciais para proteger os modos de vida das comunidades pesqueiras. Contudo, entende que esse processo deveria ser mais participativo e conduzido em outro momento, a fim de evitar o ambiente de tensão, insegurança e desinformação que se estabeleceu.


"Eu acredito nisso; o petróleo vai sair, e não aceitaremos qualquer outro entrave ao nosso direito de pesquisar o potencial da Margem Equatorial do Amapá. Trabalho com base no diálogo, buscando sempre a construção de consensos, e falo com a segurança de quem fez o dever de casa, sendo o Estado mais preservado e protegido do Brasil. Chegou a hora de o Amapá transformar todo esse ativo ambiental em riqueza para o nosso povo", reforçou o governador Clécio Luís.


O Governo do Amapá não se opõe à criação de áreas de proteção ambiental e defende que qualquer debate sobre o território amapaense ocorra com ampla transparência, respeito às comunidades locais e base sólida em informações claras e verificáveis.



O Amapá é o estado mais preservado do Brasil, com mais de 70% de suas terras protegidas, exemplo de equilíbrio entre conservação ambiental e desenvolvimento. Toda e qualquer nova iniciativa federal deve respeitar o direito das comunidades de decidir sobre seu futuro, com responsabilidade e sem prejudicar oportunidades de desenvolvimento.


O Estado reafirma seu compromisso inegociável com a proteção das comunidades tradicionais, o desenvolvimento econômico sustentável e a garantia dos direitos da população amapaense.


Licenciamento Ambiental


A autorização para a perfuração no bloco FZA-M-59 depende exclusivamente da análise técnica e da aprovação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), órgão federal responsável pela concessão da licença ambiental necessária para a operação.


O início das atividades de perfuração somente poderá ocorrer após o cumprimento integral de todas as exigências técnicas e ambientais estabelecidas pelo Ibama, assegurando a proteção da fauna marinha, a segurança ambiental e o respeito às comunidades locais.



O Governo do Amapá respeita a competência legal do Ibama e reafirma seu compromisso com a defesa do desenvolvimento sustentável e da biodiversidade da Margem Equatorial.


Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras)


Como parte das ações de proteção ambiental, o Estado emitiu a licença ambiental necessária para a instalação e funcionamento do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) no município de Oiapoque.


Estruturado como um hospital especializado para fauna marinha e costeira, o CETRAS contará com ambulatório, salas de estabilização, centro cirúrgico e áreas de atendimento específicas. A unidade atenderá aves, tartarugas, golfinhos, peixes-boi e outros animais afetados por acidentes ambientais.


O centro atuará de forma integrada com o Centro de Despetrolização e Reabilitação de Fauna, localizado em Belém (PA), garantindo resposta rápida e eficaz em situações de emergência.


O Governo do Estado segue firme na defesa dos interesses da população amapaense, pautado pelo diálogo técnico, transparente e responsável em todas as decisões que envolvam o território.


 

FONTE: Gea/AP

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