28/04/2025 às 18h51
Vitoria Inacia
Macapa / AP
A varíola dos macacos, rebatizada como mpox, reacende o alerta das autoridades sanitárias brasileiras. Em abril de 2025, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo notificou um novo caso da enfermidade em um homem de 35 anos, que possui histórico recente de viagem à África Ocidental — região considerada endêmica para o vírus monkeypox.
O paciente encontra-se em isolamento sob cuidados médicos em uma unidade hospitalar especializada na capital paulista. Conforme o boletim clínico, o estado de saúde é considerado estável, com boa resposta ao tratamento sintomático instituído.
Enquanto isso, no Norte do país, o estado do Pará enfrenta um cenário mais crítico. Até o dia 23 de abril, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) confirmou 19 casos da doença e dois óbitos. Entre as vítimas está o cantor paraense Gutto Xibatada, falecido no dia 22 de abril em decorrência de complicações associadas à mpox, agravadas por comorbidades preexistentes.
A mpox é uma infecção viral provocada pelo vírus monkeypox, pertencente à mesma família do agente etiológico da varíola humana. Embora seja considerada clinicamente menos severa, a doença demanda atenção redobrada devido ao seu potencial de disseminação por contato direto com lesões cutâneas, fluidos corporais ou objetos contaminados. A transmissão também pode ocorrer por meio de gotículas respiratórias durante interações próximas e prolongadas, inclusive através de relações sexuais, conforme apontam estudos recentes.
Os sintomas mais comuns englobam febre, mialgia, linfadenopatia, sensação geral de mal-estar e erupções cutâneas que progridem para pústulas e, posteriormente, crostas. A fase ativa da infecção geralmente se estende por um período de duas a quatro semanas.
O diagnóstico é realizado por meio de exame de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase), sendo possível ainda a identificação por sequenciamento genético do material extraído das lesões cutâneas.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil mantém atualmente 14 reconhecimentos de emergência em saúde pública, relacionados a eventos como inundações, rompimento de barragens e surtos de doenças infecciosas — entre elas, a mpox.
As autoridades de saúde orientam a população a evitar contato direto com pessoas sintomáticas, manter rigorosa higiene das mãos e procurar atendimento médico ao surgirem os primeiros sinais suspeitos. Em quadros graves, o uso de antivirais como o Tecovirimat pode ser indicado, sempre sob supervisão médica.
Especialistas reiteram a necessidade de vigilância epidemiológica contínua. “Embora a varíola dos macacos não possua alta taxa de letalidade, sua disseminação em grupos vulneráveis pode resultar em surtos expressivos, caso o controle não seja imediato”, alerta a infectologista Dra. Letícia Ramos, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo.
O Ministério da Saúde mantém boletins informativos atualizados semanalmente, disponíveis à população por meio do portal oficial: gov.br/saude.
A redação do Bronca Pesada permanece vigilante quanto aos desdobramentos da doença no estado do Amapá e em todas as demais regiões do país
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