14/05/2025 às 08h30
Vitoria Inacia
Macapa / AP
Em uma nova e devastadora escalada do conflito no Oriente Médio, as Forças de Defesa de Israel (IDF) intensificaram, nas primeiras horas desta quarta-feira, 14 de maio de 2025, sua campanha aérea sobre a já combalida Faixa de Gaza. Os bombardeios — que tiveram como epicentro as localidades de Jabalia, no norte do enclave, e a região adjacente ao Hospital Europeu, em Khan Younis — resultaram na morte de pelo menos 70 civis palestinos, dentre os quais 22 eram crianças, conforme relato do Ministério da Saúde de Gaza, sob administração do Hamas.
As incursões militares ocorreram após o lançamento de foguetes por militantes do Hamas e da Jihad Islâmica contra o território israelense. O momento coincide com a visita diplomática do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Oriente Médio, onde conduz reuniões estratégicas com lideranças da Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos, em busca de uma solução para o impasse regional.
Autoridades israelenses justificaram os ataques como operações cirúrgicas contra alvos táticos do Hamas, alegando que uma das investidas teve por objetivo um centro de comando subterrâneo localizado sob o Hospital Europeu, onde estaria escondido Mohammad Sinwar, um dos principais líderes militares do grupo extremista. Até o momento, contudo, não há confirmação oficial sobre sua eliminação.
Desde o recrudescimento do conflito em outubro de 2023, os números de mortos na Faixa de Gaza já ultrapassam 52.900 pessoas, segundo dados das autoridades locais. A situação humanitária na região é classificada como calamitosa por agências internacionais, com denúncias de escassez severa de alimentos, água potável e recursos médicos. Especialistas alertam que, sem intervenção imediata, uma crise de fome em larga escala poderá vitimar até meio milhão de civis.
Enquanto isso, as iniciativas diplomáticas para a instauração de um cessar-fogo permanecem paralisadas. O presidente Trump propôs recentemente um controverso plano de auxílio humanitário que prevê o uso de empresas contratadas do setor privado — proposta esta acolhida por Israel, porém rechaçada tanto pela Organização das Nações Unidas quanto por organizações de ajuda internacional, que questionam sua eficácia e neutralidade.
Diante do recrudescimento da violência e da crescente pressão da comunidade internacional, aumenta a urgência por uma solução pacífica que cesse o derramamento de sangue e permita a reconstrução de Gaza, cuja população civil segue encurralada entre os escombros da guerra e o silêncio diplomático
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