30/05/2025 às 07h39
Vitoria Inacia
Macapa / AP
A Secretaria de Estado da Saúde do Amapá (Sesa) confirmou, nesta quinta-feira (29), o falecimento de dois bebês em decorrência de complicações provocadas por síndromes gripais e pela Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O primeiro óbito registrado foi o de um menino de quatro meses, natural de Macapá, ocorrido no dia 22 de maio. A segunda vítima foi um bebê indígena de apenas um mês de vida, oriundo do município de Óbidos, no estado do Pará, cujo falecimento foi confirmado em 25 de maio.
Ambas as crianças se encontravam fora da faixa etária contemplada pela campanha nacional de vacinação contra a gripe, cujo início é previsto apenas a partir dos seis meses de idade. A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) informou que o estado permanece em nível de alerta ou risco, diante do crescente número de casos de infecções respiratórias graves entre o público infantil.
Conforme levantamento da própria Sesa, até esta quinta-feira (29), as unidades de referência para atendimento pediátrico — o Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) e o Pronto Atendimento Infantil (PAI) — operavam com uma taxa de ocupação alarmante de 92,16%, sendo contabilizadas 47 internações por SRAG, distribuídas entre leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica.
Diante do agravamento do cenário, o Governo do Amapá decretou, no último dia 20 de maio, estado de emergência em saúde pública, em resposta ao surto de SRAG causado principalmente pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) — patógeno responsável por doenças como a bronquiolite, que compromete significativamente a oxigenação pulmonar. Também foram identificados casos de infecção por Influenza A e B, além de Covid-19.
Medidas emergenciais adotadas com o decreto:
Ampliação da oferta de leitos hospitalares;
Reorganização dos fluxos de atendimento nas unidades de saúde;
Adaptação das salas vermelhas, destinadas a suporte avançado à vida, funcionando como unidades semi-intensivas;
Implementação de salas brancas, ambientes controlados e rigorosamente preparados para minimizar os riscos de contaminação.
As autoridades reforçam o alerta à população, sobretudo aos pais e responsáveis por crianças pequenas, para que redobrem os cuidados e fiquem atentos aos sinais de alerta das síndromes respiratórias, buscando atendimento imediato ao menor indício de agravamento.
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