Operação Decipula, fruto de ação conjunta, resulta na captura de investigados no Amapá

Na última sexta-feira (07), uma ação coordenada entre a Polícia Civil do Estado do Amapá — por meio da Delegacia Especializada de Repressão a Fraude Eletrônica (DRFE) e da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Laranjal do Jari (DEAMLJ) — e o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (IAPEN) culminou na deflagração da Operação Decipula, cujo objetivo foi dar cumprimento a mandados de prisão e de busca e apreensão contra indivíduos investigados por fraudes eletrônicas.

A investigação, iniciada pela DRFE, teve origem em múltiplos boletins de ocorrência registrados por vítimas que relataram terem sido lesadas em compras realizadas via redes sociais, especialmente durante datas comemorativas como o Dia dos Pais. O golpe consistia na publicação de anúncios fraudulentos no Facebook, onde criminosos, passando-se por funcionários de uma renomada doceria de Macapá-AP, ofereciam produtos como cestas de café da manhã, flores e doces a preços atrativos.

Os estelionatários empregavam um modus operandi sofisticado, criando páginas falsas e chaves PIX fraudulentas que imitavam o nome do estabelecimento legítimo, aumentando a credibilidade do golpe. A fraude já havia vitimado pelo menos 80 consumidores, conforme apurado junto à responsável pelo empreendimento, que relatou o grande fluxo de pessoas que se dirigiam às lojas físicas para cobrar encomendas inexistentes.

As investigações revelaram a existência de um grupo criminoso estruturado, resultando na prisão de uma jovem de 18 anos em Laranjal do Jari-AP, identificada como a responsável pelo recebimento dos pagamentos ilícitos, bem como de um interno do IAPEN, apontado como um dos articuladores da comunicação direta com as vítimas. Além deles, mais três indivíduos foram indiciados por participação ativa no esquema fraudulento.

A operação recebeu o nome de Decipula, termo latino que significa armadilha e engodo, refletindo a estratégia criminosa utilizada para ludibriar as vítimas. Os detidos encontram-se à disposição do Poder Judiciário amapaense e poderão ser condenados a penas que variam de quatro a oito anos de reclusão por cada crime cometido.